Munique, como muitas cidades alemãs, é velha, muito velha. Sua origem nos leva até a segunda metade do século XII. De lá para cá, a capital da Baviera e uma das maiores cidades da Alemanha, foi protagonista de muitas histórias. Ela foi destruída e reconstruída, por causas distintas, inúmeras vezes.
O que encontramos hoje é uma cidade alvoroçada e animada,
que se move entre o passado e a modernidade, entupida de gente de todo o mundo ansiosa por desfrutá-la, que se mistura à população local, num movimento
constante de ir, vir, respirar, beber, comer, fotografar, falar, rir,
conversar, aquecendo-a.
A seguir, Munique em
poucas palavras:
O prédio mais velho guarda uma crônica de sangue e injustiça: nele, os irmãos Sophie e Hans Scholl foram condenados pelos nazistas e posteriormente guilhotinados pela Gestapo por fazerem parte do Movimento Rosa Branca, em 1943, uma resistência pacífica à Segunda Guerra Mundial e à Hitler a quem consideravam megalomaníaco.
Edifícios
e estruturas:
Munique tem edifícios e estruturas extraordinárias.
Entretanto, o que mais atrai são as memórias guardadas por trás de suas paredes. Dificilmente
encontraremos um prédio em Munique brando, pálido, sem que esteja ligado a
fatos históricos e lendas. Estes são alguns deles:
Old Justizpalast |
Old e New Justizpalast – são os prédios da justiça da Baviera. O edifício velho abriga o Departamento Bávaro de Justiça e a Corte
Distrital I de Munique, enquanto no novo, que foi construído logo após a
finalização do primeiro, estão a Corte Constitucional da Baviera e a
Suprema Corte Regional. O primeiro é do ano de 1890, enquanto o segundo
nos leva ao ano de 1905.
O prédio mais velho guarda uma crônica de sangue e injustiça: nele, os irmãos Sophie e Hans Scholl foram condenados pelos nazistas e posteriormente guilhotinados pela Gestapo por fazerem parte do Movimento Rosa Branca, em 1943, uma resistência pacífica à Segunda Guerra Mundial e à Hitler a quem consideravam megalomaníaco.
Karlstor |
Karlstor - o Portão
de Carlos é uma réplica
simplificada da antiga fortaleza medieval que foi destruída
durante a Segunda Guerra, sendo ele, a porta de entrada para a cidade antiga. Leva
o nome de um dos antigos príncipes eleitores, Carlos Teodoro.
Aí estão os
três músicos
crianças
colocados no Karlstor em memória de Herbert
Jensen (1900-1968), arquiteto e diretor de planejamento da cidade, que
propôs
a criação
de uma zona peatonal: Neuhauser Straße, para onde o portão
dá
acesso. Originalmente,
os meninos músicos ficavam na fonte dos peixes
da Marienplatz.
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O prédio do Münchener Post na Altheimer Eck em Munique |
O Münchener Post foi uma
publicação que circulou em Munique e fez ferrenha oposição a Adolf Hitler e o
NSDAP - Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, durante 13 anos,
entre 1920 e 1933, quando então foi completamente destruído pela S.A. – as Tropas
de Assalto do partido.
Hitler, que odiava o jornal, o apelidou de cozinha
venenosa, utilizando-se de um jargão jornalístico que dizia que as notícias
eram cozidas.
O Münchener funcionava em um bonito prédio art nouveau, que
sobreviveu aos bombardeios da Segunda Guerra, situado na Altheimer Eck, onde hoje ainda podemos encontra-lo.
O livro “Cozinha Venenosa”, da jornalista
brasileira Silvia Bittencourt conta em detalhes a história do jornal bávaro e
através das notícias publicadas nele, dos anos que antecederam a Segunda
Guerra.
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Alter Hof |
Alter Hof - em um dos lados da Altenhofstraße está a Corte Velha,
antiga residência imperial de Luís IV da Baviera (1282 – 1347), Imperador do
Sacro Império Romano-Germânico, Duque da Baviera e algumas coisinhas mais, até
o século XV, quando por motivos de segurança, a corte mudou-se para outro
endereço.
Essa foi a primeira residência fixa de um Imperador
do Sacro Império, mas há indícios de que desde o século XII, o castelo já
existia. Nesses tempos havia uma capela, hoje morta, que abrigou a Regalia
Imperial.
Muito
danificado durante a Segunda Guerra, somente parte dele foi reconstruído.
O Burgstock, uma das partes que compunha o castelo, é patrimônio
histórico, onde está alojado o museu central (domingo não funciona).
É
possível enxergar uma janela saliente gótica, por onde, segundo reza
a lenda um macaco do zoológico real teria sequestrado o pequeno Luís da
Baviera, devolvendo-o mais tarde são e salvo.
Haus der Kunst |
O
edifício foi construído entre 1933 e 1937, quando então foi inaugurado, como a
primeira representação monumental do Terceiro Reich, denominado "A Casa da
Arte Alemã", transformando-se em um poderoso instrumento da propaganda
nazista.
Führerbau |
O Führerbau (Construção do Líder): é o edifício
principal da Universidade de Música e Artes de Munique (Hochschule für Musik
und Theater München), localizado na Arcisstraße 12, desde 1957. Ele foi
construído pelo Partido Nazista entre 1934 e 1937.
Durante os festejos anuais do Putsch da
Cervejaria (1923), Hitler fazia a inspeção da parada comemorativa, que
acontecia na Königsplatz daí, de uma sacada e foi nesse edifício
que os Primeiros Ministros: Neville Chamberlain - britânico, Èdouard Daladier -
francês, e Benito Mussolini - italiano, além de Adolf Hitler assinaram em
Setembro de 1938, o Tratado de Munique, onde os Sudetos (parte da
Tchecoslováquia) foram, arbitrariamente, concedidos à Alemanha.
Os países tentaram, com essa manobra, evitar a guerra.
Winston Churchill teria dito sobre esse acordo e sobre Chamberlain "Entre
a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra”. Ele estava
certo.
Durante a Segunda Guerra, o Führerbau foi usado
para guardar as obras de arte que Hitler roubava dos museus de países que a
Alemanha invadia.
Braunes Haus (Casa Parda) |
Braunes Haus (Casa Parda): uma mansão na Brienner Straße 34, comprada por
Hitler para ser sede do NSDAP em 1930.
Na contramão da crise que assolava o país, o führer conseguiu
levantar dinheiro, de maneira apenas especulada à época e nunca determinada,
para adquirir a magnífica casa e demonstrar mais uma vez a importância do
movimento que liderava.
À bem da verdade, a compra somente foi possível porque
esse bairro onde outrora, famílias abastadas moravam, estava decadente desde o
fim da Primeira Guerra.
Em 1945 a Casa Parda foi completamente
destruída. Em seu lugar hoje encontramos o Centro de Documentação de Munique,
que conta a história do Nacional Socialismo, inaugurado em 2015, em um prédio
com design moderno.
Igrejas:
As igrejas em Munique têm estilos, idades e histórias distintas. Algumas
carregam beleza, outras, simplicidade. Umas passam despercebidas e outras nos
enchem de encantos. Todas, entretanto, merecem respeito por fazerem parte dos racontos da cidade e da vida de pessoas que por ali estiveram antes de
nós.
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Michaelskirche - Igreja de São Miguel |
Michaelskirche - a Igreja de São Miguel está situada na Neuhauser Straße e foi construída em 1585; possui uma fachada em estilo
renascentista com camadas brancas que fazem lembrar uma árvore de Natal. A
igreja original, a que foi construída nesse distante século, era menor e mais
acanhada que a atual.
Centro espiritual da Contrarreforma –
reação da igreja Católica à Reforma iniciada por Lutero – esta igreja carrega, entre as duas
entradas principais, uma estátua do arcanjo Miguel lutando contra o mal da humanidade e defendendo a fé.
Na fachada é possível ver ainda, estátuas
de antigos governantes da dinastia Wittelsbach
da Baviera, que prestaram serviços relevantes ao bem-estar das pessoas no país.
As maçanetas da porta são dois anjos em postura de oração.
Por dentro, ela é soberba e ampla. Uma
curiosidade: não há pilares sustentando a igreja que foi parcialmente destruída
por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial.
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Frauenkirche - Igreja de Nossa Senhora |
Frauenkirche - a Igreja de Nossa Senhora é um dos símbolos de Munique, com
suas duas torres gêmeas, usando chapéus esverdeados, que podem ser vistas de
muitos pontos da cidade.
Construída em 1468 em estilo gótico, levou 20 anos para ser
concluída. O plano inicial era fazer torres semelhantes a da Catedral de
Colônia, o que não foi possível pela falta de recursos. Assim, em 1525 a Igreja
de Nossa Senhora ganhou as cúpulas atuais.
Por dentro ela não tem nada de extraordinário, mas possui uma
interessantíssima fábula, tornando essa igreja extremamente atraente.
A lenda fala de quando o diabo foi enganado pelo arquiteto da
igreja, achando que a mesma não tinha janelas, quando em verdade, elas estavam
apenas escondidas pelas colunatas.
Quando descobriu a farsa já era tarde demais e furioso transformou
a si mesmo em uma ventania com intenção de colocar o prédio abaixo, mas falhou
e até hoje é possível ouvir o vento que corre uivando entre as torres.
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Peterskirche |
Peterskirche é bonita. Possui um teto
enrugado enfeitado por lindos afrescos em tons pastel. Ela é a igreja mais
antiga de Munique com sua construção datando do século XI, tendo sido ampliada
e modificada muitas vezes.
É permitido subir até a torre de mais
de 90 metros, onde, tem-se uma vista da cidade de 360 graus. Para ter acesso, o
valente interessado terá que encarar mais de 300 degraus, lembrando que ao
estilo medieval.
É possível visitar a torre de
segunda-feira a sexta-feira entre as 9:00 e as 18:30, e sábados e domingos
entre as 10:00 e as 18:30. O valor do ingresso é de 2,00 euros para adultos e
para crianças e estudantes custa 1,00 euro.
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Heilig-Geist Kirche - Igreja do Espírito Santo |
Heilig-Geist Kirche - a
Igreja do Espírito Santo foi construída no século XIII, em estilo gótico, sendo ela, naqueles anos, a
Igreja Paroquial do Hospital que levava o mesmo nome: Hospital do Espírito
Santo.
No século XIV um incêndio destruiu o hospital, assim como a Katharinenkapelle, como então a igreja se chamava. Foi a partir daí que ela ganhou esse estilo gótico que vemos hoje.
Praças:
Munique tem
algumas praças muito charmosas, repletas de elementos interessantes, bonitos e
acumulados de secular poeira.
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Karlsplatz com o Karlstor ao fundo |
Karlsplatz - a Praça
de Carlos ou Stachus para os íntimos possui formato circular e uma fonte no
centro que faz a alegria de moradores e turistas, especialmente das crianças,
com suas águas que jorram de tempos em tempos. Ela recebeu o nome oficial em
fins do século XVIII e hoje é uma mistura de informações.
Do lado
esquerdo da praça, para quem segue em direção ao centro, encontramos o prédio
semicircular da Osram, marca local de lâmpadas que sofreu muito na Segunda
Guerra Mundial: seus maquinários foram roubados, laboratórios destruídos,
projetos e pesquisas foram perdidos por conta de bombardeios e incêndios. Na
fachada podemos ler: Hell Wie Der Lichte Tag –
Tão Brilhante Como o Dia.
A praça é
ponto de encontro entre os moradores de Munique e passagem para a Neuhauser
Straße, cujo acesso se dá através do Karlstor.
Marienplatz - a Praça de Maria é o lugar mais
emblemático de Munique, onde bate o coração da cidade. Já na Idade Média aqui
acontecia o mercado de sal e milho.
Pela Marienplatz circulam
milhares de turistas todos os anos e nela é possível ver edifícios e estruturas
de aspectos distintos.
Por exemplo, a Neues Rathaus - a Nova Prefeitura de Munique, em estilo gótico, incomum e datando de
fins do século XIX, tendo levado pouco mais de 30 anos para ser concluída, cuja
fachada de 100 metros possui muitas figuras, de príncipes eleitores, santos e
personagens míticas.
Diariamente às 11:00 e às 12:00, acontece o espetáculo do
carrilhão (Glockenspiel) , que fica na torre de 85 metros da Nova
Prefeitura, sendo que no verão ele se movimenta também às 17 horas, variando de
10 a 15 minutos dependendo da música tocada naquele dia. Ele é composto por 43
sinos e 32 figuras.
Quando a música começa, o carrilhão conta duas histórias
do século XVI: na parte superior mostra o casamento do Duque Guilherme V com
Renate de Lorraine e na metade inferior mostra os tanoeiros (Schäfflertanz), fabricantes de barris,
dançando, após a epidemia de peste para mostrar vitalidade, lealdade ao duque e
sua autoridade e para espantar o medo.
Na Marienplatz está também Mariensäule, a
Torre de Maria, considerada o marco zero da cidade. Ela foi construída a mando
de Maximiliano I em comemoração à expulsão das tropas suecas da região, durante
a guerra dos 30 anos, no século XVII. Feita em bronze e pintada de ouro,
ela carrega o menino Jesus.
A Fischbrunnen, Fonte dos Peixes é
cercada de lendas, mitos e rituais. Na Idade Média, quando na Praça de Maria
funcionava um mercado, a fonte era usada para manter os peixes de rio
vivos.
Mais tarde foi usada para encharcar jovens
aprendizes de açougueiro em um ritual. No entanto, a história mais interessante
que envolve a Fischbrunnen é a que diz que mergulhar uma bolsa
vazia nas águas da fonte durante a quarta-feira de cinzas traz fartura.
Por fim, da Marienplatz, é possível ver
a Altes Rathaus, cujo prédio que datava do século XIV, foi muito
danificado por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, sendo reconstruída
após o fim do conflito. Apesar de sua aparência gótica antiga, a velha
prefeitura é nova. A torre atualmente abriga o Museu dos Brinquedos.
Max-Joseph Platz |
Max-Joseph Platz - A praça foi construída na primeira metade do século
XIX, a mando de Maximiliano I, cuja estátua esta no meio dela, em frente ao Teatro
Nacional de Munique - Nationaltheater München, a casa da Ópera e do
Ballet da Baviera.
O teatro foi consumido pelo fogo em 1823 e
reinaugurado, baseado em outro projeto, dois anos depois. Desde então muitas
óperas famosas como Tristão e Isolda, de Richard Wagner, foram encenadas aqui.
Sucumbiu sob as bombas
durante a Segunda Guerra Mundial e foi refeito segundo as plantas do original,
aquele que havia sido engolido pelo fogo. Suas atividades artísticas foram
reiniciadas em 1963, com a ópera “Os Mestres Cantores de Nuremberg”, também de Wagner.
No lado sul da praça pode-se
ver os arcos do antigo Palais
Toerring-Jettenbach inspirado no Ospedale degli Innocenti de
Florença. Hoje funcionam aqui, entre outras coisas, um elegante e sofisticado
café e a loja Louis Vuitton.
No norte da praça está a Königsbau – Ala do Rei da Residenz, antiga residência dos
reis da Baviera, cuja fachada foi feita à imagem e semelhança, a pedido do rei
Ludwig I, do Palazzo Pitti de
Florença. Hoje a Residenz abriga um museu.
Odeonsplatz com o Feldherrnhalleao fundo e a Residenz do lado esquerdo. |
Odeonsplatz - esta
praça foi palco de momentos históricos importantes do país, como por exemplo,
uma manifestação em Agosto de 1914, em favor da Primeira Guerra Mundial e o
Putsch da Cervejaria, onde Hitler tentou dar um golpe e tomar o poder na
Alemanha, em Novembro de 1923, que culminaria com um confronto entre seguidores
do futuro Fürher e forças do Estado, deixando 20 mortos.
Ao fundo da Odeonsplatz está
o Feldherrnhalle, construído
no século XIX, inspirado na Loggia
dei Lanzi que fica na Piazza
della Signoria, coração de Florença, Itália. É um monumento aos heróis
da Baviera e abriga estátuas de líderes militares e uma escultura central que
homenageia os soldados da guerra Franco-Prussiana (1870-1871).
No lado esquerdo da praça está uma das faces da Residenz chamada Maximilianische
Residenz ou Residência de Maximiliano. Em frente a ela, há leões
verdes segurando uma espécie de escudo, cuja base contém leões menores. Além de
guardarem a antiga residência real, guardam lendas.
Uma delas dá conta de que passar a mão em seu focinho nos
traz sorte. Não se sabe bem de onde vem este mito, mas há quem diga que tudo
começou com um estudante que desafiou o rei Ludwig I e a vida desregrada que
ele levava, escrevendo uma carta o criticando.
O tal estudante foi preso por sua ousadia e, não se sabe
exatamente como, impressionou o rei que o mandou soltar. Inebriado de
felicidade, o moço tocou o focinho dos leõezinhos e desde então se acredita que
dá sorte.
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Königsplatz |
Königsplatz - a Praça do Rei é uma área ampla de
óbvia inspiração grega, construída a mando do rei Ludwig I, localizada no
bairro Kunstareal ou Bairro da Arte, pois está
repleto de museus.
Atualmente, ela guarda tesouros greco-romanos, que estão
abrigados em grandes edifícios-museus, abertos à visitação: o Propyläen, o Glyptothek e
o Staatliche Antikensammlungen.
Na era
nazista, a Königsplatz foi transformada no Fórum do
Movimento, o que significa que era o principal local de culto nazi.
Dois Templos
de Honra foram erguidos a mando de Hitler, com o cuidado de combinar com os
edifícios que já existiam, e foram usados para glorificar o fracassado Golpe da Cervejaria.
Para tanto,
sarcófagos contendo corpos dos 16 nazistas que morreram no confronto com a
polícia na Odeonsplatz, considerados
mártires do movimento, foram colocados nos templos. Ambos foram destruídos
pelo exército americano, em 1947, mas as plataformas continuam por ali.
Na Glyptothek, Hitler discursou.
Na Königsplatz, dois meses após o NSDAP subir ao poder, estudantes
nazistas queimaram livros considerados não germânicos: a maioria deles escritos
por autores judeus.
Os nazistas
organizaram muitos comícios e marchas na Königsplatz,
incluindo a comemoração anual do aniversário do Putsch da Cervejaria.
Karolinenplatz |
Karolinenplatz - é uma bonita
praça em formato circular com um obelisco de 29 metros no centro que homenageia
os bávaros mortos na guerra de Napoleão, quando lutaram lado a lado contra os
russos em 1812.
Posteriormente, entre 1813 e 1814 os bávaros
lutaram contra os franceses por sua libertação. O obelisco representa os dois
lados da relação entre Baviera e França.
Na era nazista, aqui ficava a casa onde
funcionava a Suprema Corte do NSDAP, para julgar e resolver questões internas do
partido.
Praça das Vítimas do Nacional Socialismo |
Praça das Vítimas do Nacional Socialismo, com uma estrutura
pesada, negra e sua chama eterna, uma homenagem a todos os homens, mulheres e crianças que
sofreram em mãos nazistas, além de ser um lembrete de tudo o que aconteceu,
para que a humanidade não repita tamanha atrocidade.
Parques:
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Hof Garten - Jardim da Corte |
Hof Garten - o Jardim da Corte possui inspiração no movimento
renascentista italiano e foi construído entre 1613 e 1617, para compor a Residenz,
cujo salão de festas tem sua face voltada para ele.
Ele foi destruído na Segunda Guerra e em sua
reconstrução, apesar de plantas originais terem sido usadas como base, recebeu
influências inglesas.
No centro dele está o Templo de Diana,
a deusa caçadora e no topo dele está a escultura de Tellus
Bavarica, a personificação feminina da Baviera, e por extensão a
representação de sua força e glória. Quatro fontes dispostas de maneira
simétrica completam o cenário.
Englischer Garten |
Englischer Garten - o Karl-Theodor-Park foi criado com objetivo de atender a todos os
moradores de Munique e não somente a aristocracia, em fins do século XVIII. O
jardim foi inaugurado em 1808.
Ali está
o rio artificial Eisbach, de mais ou menos 2 kms que desemboca no
rio Isar. Há um trecho com ondas onde a galera pega onda.
O Englischer
Garten possui pouco mais de 4 km² e nele estão a famosa torre chinesa, o Monopteros,
um templo em estilo neoclássico, a casa de chá japonesa, além de um biergarten.
Onde
comer:
Munique oferece muitos e antigos lugares para ótimas refeições. O cardápio geralmente é típico com muitas salsichas, porco e cerveja. Normalmente há ambientes internos e externos, onde é permitido fumar.
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Viktualienmarkt - o mercado central de Munique |
O mercado funciona de
segunda a sábado. De segunda à sexta, das 10:00 às 18:00 e aos sábados, das 10:00 às
15:00, sendo que alguns boxes variam o horário, fechando um pouco mais cedo ou
mais tarde.
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Salsichas de porco e sauerkraut, além de carne de porco com spätzle |
Augustiner-Bräu-Ausschank - a cervejaria mais antiga de Munique ainda atuante, fundada em 1328, por monges agostinianos. Possui vários endereços. A bela casa onde ela funciona na Neuhauser Straße foi erguida no século XIX. Os preços variavam entre 7 e 20 euros.
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Hofbräuhaus |
Hofbräuhaus - a cervejaria mais famosa de Munique: foi fundada em 1589,
pelo duque Guilherme V para ser a cervejaria da corte. Está no endereço atual,
na Platzl 9, desde 1654. Somente em 1830, recebeu autorização para vender
cerveja ao público. Hoje ela é extremamente turística.
No segundo andar da Hofbräuhaus, está um
lugar muito significativo para a história do mundo. Foi em um salão, ali
situado, onde Hitler fez seu primeiro discurso em 1920 e descobriu que era um
bom orador. Começava a terrível trajetória nazista.
“O Partido
Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães – ainda não sabemos quem está por
trás desse produto – anunciou para esta semana duas noites de palestras
científico-populares, das quais uma foi realizada na terça-feira, no salão de
festas da Hofbräuhaus [cervejaria da corte]. (...) Sob um dos painéis armados
pelo orador sobressaía a suástica.”
Sob o símbolo da suástica, matéria publicada pelo Münchener Post sobre o NSDAP.
Mais ou menos cem
pessoas estavam na Hofbräuhaus naquela noite e Hitler foi aclamado.
Era muito comum nessa época que
eventos políticos acontecessem nas cervejarias por duas razões: esses espaços
faziam parte do dia a dia da cidade e além do mais tinham capacidade para
abrigar muitas pessoas. Não raro as reuniões acabavam com os ânimos acirrados,
bate boca e muita pancadaria e destruição.
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Cervejaria Wirtshaus Ayingers |
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Cervejaria Wirtshaus Ayingers |
Wirtshaus Ayingers - essa cervejaria é uma delícia e
pouco turística. Talvez porque em frente esteja a Hofbräuhaus,
muito mais famosa e entupida de gente e barulho.
O prédio é lindo e seu interior possui uma
decoração típica que te puxa para o antigo, mas que não ignora o presente com o
moderninho podendo ser visto um tantinho assim pelo lugar. É possível sentar no balcão ou escolher uma mesa. O
atendimento é muito atencioso.
Hard Rock Café - para os aficionados da marca, há uma unidade em Munique, na Platzl 1.
35 milli(m)éter - localizado na Bayerstr. 3-5: barzinho informal,
barulhento e amplo. Cardápio variado de wursts (salsichas), burgers e massas,
com preços entre 6 e 15 euros, mais ou menos.
Onde ficar:
Ibis
Muenchen City Arnulfpark: distante cerca de 2 kms da
Hauptbahnhof (Estação Central), esta unidade do Ibis é bem localizada. Há um ponto de tram
quase em frente. A Marienplatz fica distante cerca de 3 quilômetros do hotel, sendo que outras
atrações estão em um raio de 5 quilômetros.
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35 milli(m)éter |
Onde ficar:
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Ibis Muenchen City Arnulfpark |
Quarto de bom tamanho, cama ampla,
macia, três travesseiros grandes e fofíssimos. Bancada de trabalho e wi-fi
gratuito no quarto que funcionou muito bem, além de um pequeno sofá. Havia
também um armário com gavetas e prateleiras.
Tinha espelho de corpo inteiro, mas
não possuía cofre. No box, que era de vidro, chuveiro padrão europeu com
regulagem de altura e temperatura.
Ali, havia espaço para colocar os
produtos de higiene, diminuto, é verdade, mas ótimo, pois muitas unidades da
rede não possuem.
Tanto na pia quando no chuveiro havia
tubos de sabonete líquido. Encontramos também secador de cabelo e um espaço
razoável na pia para apoiarmos nossos pertences. O espelho era grande e a luz
era ótima. Pudemos tomar água da torneira.
O café da manhã não estava incluído na diária, mas o hotel possui um variado buffet cujo valor era de 11 euros/dia/pessoa.
Quer receber esse texto em PDF?
Mande um e-mail para estamosindo@gmail.com.
O café da manhã não estava incluído na diária, mas o hotel possui um variado buffet cujo valor era de 11 euros/dia/pessoa.
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